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Evento realizado em Londres, no
mês de julho, confirma o valor da rolha de cortiça
como
pressuposto da qualidade de um vinho
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É fato: a rolha de cortiça é mais do que um simples
vedante. Esta conclusão estava na ponta da língua de todos os
participantes do evento Neuroenological
Tasting: The Grand Cork Experiment, conduzido pela
Bompas & Parr, em colaboração da Apcor com a expert em
experiências multissensoriais inglesa. O evento se realizou no
eclético bairro londrino do Soho e teve como objetivo a realização
de uma pesquisa do psicólogo e professor Charles Spence, do Crossmodal Research
Laboratory da Universidade de Oxford.
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“É impossível não sorrir quando ouvimos o espocar de
uma rolha”, diz Sam Bompas, que, junto com
Harry Parr, levaram conceitos de marketing e arquitetura para suas
performances relacionadas com alimentos em todo o mundo. Os
participantes do Neuroenological
Tasting foram levados a uma sala confortável, onde
tomaram contato com as qualidades da cortiça ao som de música
agradável. Levados a outra sala, puderam conhecer a cortiça em
estado puro, como a casca do Quercus
suber (o sobreiro), tocá-la, cheirá-la, observa seu
comportamento físico. Do tato à audição, da visão ao olfato e ao
paladar, o participante pôde conhecer a cortiça em seus aspectos
ecológicos, assim como de sua ligação histórica com o vinho.
Expectativa
positiva da cortiça
A percepção positiva da rolha não é um fenômeno isolado nem criado
a partir de uma experiência sensorial apenas. Ao contrário, ela
reforça o que as pesquisas dizem: o consumidor entende que um vinho com
rolha de cortiça tem mais qualidade e está disposto
a pagar até 4 dólares a mais por garrafa se souber que ela é o seu
vedante. Na China, levantamento mostrou que 96,8% dos consumidores
acreditam que a cortiça melhora o vinho, em um país em que 95% dos
melhores vinhos à venda no mercado são fechados com rolha de
cortiça. Na Espanha, 95% dos consumidores preferem seus espumantes
fechados com rolha de cortiça também. O instituto Opinion Way,
em apuração realizada junto aos consumidores franceses, no primeiro
semestre de 2017, apontou que 83% deles preferem seus vinhos
fechados com rolhas de cortiça.
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O experimento conduzido pelo professor Charles
Spence, da Universidade de Oxford, pretendia saber se o que ouvimos
pode nos influenciar a formar uma expectativa. No caso, tratou-se
de saber, por meio de um estímulo sonoro, como o espocar de uma
rolha de cortiça, era capaz de trazer sensações imediatas. Para
tanto, usou dois vinhos de qualidade semelhante, cujos rótulos
estavam encobertos, que ora estavam numa garrafa com rolha de
cortiça, ora estavam numa garrafa com rosca de alumínio (screw
cap). Se, no início, o som era o único estímulo, o visual (a
abertura da garrafa na frente dos participantes) também foi
incorporado na fase seguinte.
Cortiça:
bom humor e celebração
Ao todo, foram 140 participantes, de faixa etária abrangente
(18-25, 25-35, 35-45 e mais de 45 anos de idade). No grupo havia de
leigos aos que se consideravam bons conhecedores. Tanto no teste
sonoro, como no que incluiu o visual, a maioria apontou o vinho da
garrafa com rolha de cortiça como de melhor qualidade (mesmo quando
os tipos de abertura foram invertidos, sem conhecimento deles,
obviamente).
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Em resposta à questão sobre a preferência pelo tipo
de fechamento de garrafa, 113 disseram preferir cortiça, 13 optaram
pela screw cap e 14 não souberam responder. Outro resultado
relevante da pesquisa foi a associação do espocar da rolha não só
com a qualidade, mas com o tipo de humor e o clima de celebração. A
cortiça remete à celebração, conforme atestou a pesquisa quando
perguntou qual dos vinhos provados eram mais apropriados às
festividades. Quando perguntados se, naquele momento, estavam
propensos à celebração, o som da rolha de cortiça foi fator de
influência no comportamento e na resposta dos participantes.
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Sobre a APCOR
A Associação
Portuguesa de Cortiça (APCOR) foi criada para representar e
promover a Indústria de Cortiça Portuguesa e que nasceu em 1956, em
Santa Maria de Lamas, conselho de Santa Maria da Feira, no coração
da indústria da cortiça.
A APCOR
possui mais de 270 associados, que representam 80% da produção
nacional e 85% das exportações de cortiça e que cobrem todos os
subsetores da indústria – preparação, transformação e
comercialização.
Promover e
valorizar a cortiça e os seus produtos, assim como representar e
apoiar as empresas do sector nos mais variados domínios são os
objetivos da APCOR. Suas principais áreas de intervenção:
Internacionalização; Inovação e Desenvolvimento; Informação;
Serviços de Apoio; Qualidade; Contratação Coletiva; e Cooperação Institucional.
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